

México não tem provas de conexão de Nicolás Maduro com cartel de Sinaloa
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou, nesta sexta-feira (8), que seu governo não tem provas de que o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, tenha conexões com o cartel de Sinaloa, como afirmado pelos Estados Unidos.
O governo de Donald Trump aumentou para 50 milhões de dólares (R$ 273 milhões, na cotação atual) a recompensa por "informações que levem à prisão" de Maduro, a quem acusa de utilizar organizações como o Tren de Aragua e o cartel de Sinaloa "para introduzir drogas letais e violência" nos Estados Unidos.
"Se eles têm alguma prova, que mostrem, nós não temos nenhuma prova relacionada a isso", disse Sheinbaum em sua habitual coletiva de imprensa.
"É a primeira vez que ouvimos falar nesse assunto, não há nenhuma investigação por parte do México relacionada a isso", acrescentou.
A procuradora-geral americana, Pam Bondi, disse que Maduro "é um dos maiores narcotraficantes do mundo" e uma ameaça para a segurança dos Estados Unidos.
A funcionária acrescentou que o governo americano apreendeu até o momento 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro "e seus cúmplices".
Em resposta, o governo venezuelano qualificou de "patética" a declaração de Bondi.
"É a cortina de fumaça mais ridícula que já vimos", disse o chanceler venezuelano, Yván Gil, em uma mensagem no Telegram.
Os Estados Unidos e a Venezuela não mantêm relações diplomáticas desde o primeiro mandato de Trump (2017-2021).
Em 2020, Washington acusou formalmente Maduro de "narcoterrorismo" e conspiração para traficar drogas e ofereceu 15 milhões de dólares (aproximadamente 80 milhões de reais na cotação da época) por uma informação que permitisse capturá-lo.
A administração do ex-presidente democrata Joe Biden aumentou a recompensa para 25 milhões de dólares (151,5 milhões de reais na cotação de 19 de janeiro).
E.Celis--LCdB