

Reações internacionais ao plano de Israel de tomar o controle da Cidade de Gaza
Da Alemanha, um dos aliados mais fiéis de Israel, que suspenderá a exportação de armas que possam ser usadas na Faixa de Gaza, até a China, que denunciou "ações perigosas", o plano israelense para tomar o controle da Cidade de Gaza provocou condenação internacional.
Estas são as primeiras reações internacionais ao projeto apresentado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e aprovado na madrugada desta sexta-feira (8) pelo gabinete de segurança israelense.
O movimento islamista palestino Hamas denunciou um "novo crime de guerra" que significará o "sacrifício" dos reféns no território palestino.
- ONU
O plano do governo israelense "deve ser interrompido imediatamente", instou o alto comissário para os direitos humanos das Nações Unidas, Volker Türk, em um comunicado.
Este plano "vai contra a decisão da Corte Internacional de Justiça de que Israel encerre sua ocupação o quanto antes, a solução acordada de dois Estados e o direito dos palestinos à autodeterminação", acrescentou.
- Alemanha
A Alemanha deu uma guinada na sua política em relação a Israel, ao decidir suspender as exportações de armas que este país poderia utilizar na Faixa de Gaza.
"Cada vez mais difícil de entender" como o plano militar israelense ajudaria a alcançar os objetivos legítimos, disse o chefe do Governo alemão Friedrich Merz ao tornar pública a decisão de Berlim.
- A União Europeia
"O governo israelense deve voltar atrás em sua decisão de prolongar sua operação militar em Gaza", declarou a chefe do Executivo europeu, Ursula von der Leyen. "É necessário um cessar-fogo imediato", afirmou.
- Reino Unido
"A decisão do governo israelense de intensificar sua ofensiva em Gaza é um erro, e instamos que reconsiderem sua decisão imediatamente", declarou o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.
"Esta ação não contribuirá em nada para acabar com o conflito nem para alcançar a libertação dos reféns. Apenas provocará mais massacres", estimou.
- Jordânia
O rei Abdullah II da Jordânia expressou sua "rejeição categórica" ao plano israelense, que "mina a solução de dois Estados e os direitos do povo palestino", em uma conversa telefônica com o presidente Mahmud Abbas.
- Bélgica
A Bélgica anunciou que convocou a embaixadora de Israel.
"O objetivo é claramente mostrar nosso total desacordo com esta decisão", explicou o ministro belga de Relações Exteriores, Maxime Prévot.
- Espanha
"Condenamos com firmeza a decisão do governo israelense de escalar na ocupação militar de Gaza. Apenas provocaria mais destruição e sofrimento. É urgente um cessar-fogo permanente, a entrada em grande escala e imediata de ajuda humanitária e a libertação de todos os reféns", declarou o ministro espanhol de Relações Exteriores, José Manuel Albares.
- China
A China expressou "sérias preocupações" sobre o plano de Israel e instou um "cessar-fogo imediato das suas ações perigosas".
"Gaza pertence ao povo palestino e é uma parte inseparável do território palestino", reagiu o Ministério das Relações Exteriores da China.
- Arábia Saudita
A Arábia Saudita "condena categoricamente a continuação dos crimes de fome, as práticas brutais e a limpeza étnica contra o povo irmão palestino".
- Turquia
O chanceler turco pediu à comunidade internacional que "assuma suas responsabilidades com o fim de impedir a aplicação" do plano israelense que "pretende deslocar à força os palestinos de sua própria terra, tornando Gaza inabitável".
- Suíça
"A intensificação das hostilidades corre o risco de agravar ainda mais a catastrófica situação humanitária", declarou o Ministério das Relações Exteriores suíço.
- Egito
O Ministério das Relações egípcio condenou "nos termos mais enérgicos" o plano israelense.
D.Pauwels--LCdB