

Sheinbaum classifica como 'lamentável' briga entre senadores no México
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, qualificou como "lamentável, nesta quinta-feira (28), a briga protagonizada na véspera por dois senadores após um debate acalorado sobre supostos pedidos da oposição para que os Estados Unidos passassem a intervir militarmente no país.
A desavença física foi protagonizada pelo líder do Senado, Gerardo Fernández Noroña, do partido governista Morena, e seu opositor Alejandro Moreno, que discutiram dias antes devido às acusações de que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estaria envolvido em uma rede de narcotráfico.
"É muito lamentável que isto tenha acontecido", afirmou a presidente em sua coletiva de imprensa matinal, condenando "a resolução com golpes do que poderia ter sido dialogado".
Sheinbaum enfatizou suas críticas ao senador Moreno, também presidente do opositor Partido Revolucionário Institucional (PRI, centro), apontando-o como responsável por iniciar a confusão.
"Eles [o PRI] falam que nós somos um governo autoritário, quando o que promovemos são as liberdades em nosso país. (...) O que aconteceu ontem mostra quem eles são: um autoritarismo enorme", acrescentou a chefe de Estado.
Fernández Noroña anunciou na quarta-feira que apresentará uma denúncia contra Moreno por agressão e solicitará a retirada de sua imunidade parlamentar.
Por sua vez, Moreno acusou seu homólogo de iniciar o embate. "Foi ele quem iniciou a agressão, fez isso porque não pôde nos calar com argumentos", afirmou em um vídeo publicado em sua conta no X.
O senador da oposição enfrenta um possível processo de destituição por suposta corrupção quando governou o estado de Campeche (2015-2019), enquanto Fernández Noroña é alvo de críticas depois que a imprensa divulgou que ele possui uma casa avaliada em cerca de 640 mil dólares (R$ 3,5 milhões, cotação atual) o que contraria a pregação de austeridade defendida pelo governo de esquerda.
Há duas semanas, a imprensa dos Estados Unidos afirmou que o presidente Donald Trump ordenou às Forças Armadas que combatessem os cartéis latino-americanos designados por Washington como organizações "terroristas" globais.
Z.Leclercq--LCdB